quarta-feira, 27 de julho de 2016

CRIANÇA REALIZA SONHO EM CAMINHÃO DE LIXO

Criança doente realiza sonho de circular em caminhão de lixo
Americano de 6 anos sofre de fibrose cística e quer ser gari quando crescer
SACRAMENTO, Estados Unidos - Ethan Dean realizou seu sonho nesta terça-feira. O menino de 6 anos, que tem fronhas com desenhos de caminhões de lixo, além de um brinquedo que imita o veículo, agora sabe como é ser um gari.
A Fundação Make-A-Wish ("Faça um pedido") possibilitou ao menino, que sofre de fibrose cística, circular em um caminhão de lixo no centro de Sacramento, na Califórnia, recolhendo detritos biodegradáveis e recicláveis, como sempre quis. Durante o percurso, diversos moradores da cidade saíram às ruas para saudar Ethan, que vestia uma roupa neón, típica dos garis locais, e uma capa de super-herói.
Questionado por alguém sobre qual teria sido a melhor parte do seu dia até então, o menino não hesitou: "Limpar o lixo".
Quando Ethan visitou a fundação, em fevereiro, ele respondeu a uma série de perguntas: O que você quer ser? Quem você quer conhecer? O que você quer ter? Para onde você quer ir?
Quase todas as respostas tinham a ver com caminhões de lixo, conta Jennifer Stolo, CEO do escritório local da fundação, revelando ainda que a criança quer ser gari quando crescer.
"A gente sabia que seria algo relacionado a caminhões de lixo", disse o pai de Ethan, Ken Dean, aos risos. "Ele assiste aos veículos descendo a rua desde que começou a engatinhar", completou.
Na manhã desta terça-feira, Ethan encontrou, do lado de fora de sua escola, um motorista e lixeiro, que o levou para recolher lixo em cinco locais, antes de o roteiro terminar com uma entrevista coletiva para a imprensa local e almoço.
O menino foi diagnosticado com fibrose cística quando era um bebê. Ele foi submetido a tratamento com oito semanas de idade. A doença, hereditária, causa dificuldades respiratórias e infecções frequentes no aparelho respiratório. A expectativa de vida de alguém que sofre desse mal é de cerca de 40 anos de idade.
Imagem: O Globo - Por Eli Hiller/AP

terça-feira, 26 de julho de 2016

GARI CRIA "PAREDÃO DE CELULAR"

Gari da Paraíba faz sucesso após criar 'paredão de celular' com reciclagem
Vídeos com demonstração já teve mais de 2 milhões de acessos.
Paraibano usou garrafa pet e canos para ampliar som de celular.
Um gari da cidade de Aparecida, no Sertão paraibano, está fazendo sucesso na internet após inventar um “paredão de som” para celulares. A invenção do paraibano é feita com materiais reciclados e consegue ampliar o som do alto falante do aparelho, sem a necessidade de bateria extra ou energia. O vídeo mostrando a invenção já teve mais de 2 milhões de acessos até esta segunda-feira (25).
O criador do amplificador, Giorggio Abrantes, trabalha como gari na cidade de Aparecida há cinco anos e está sempre coletando materiais recicláveis. Em casa, ele fabrica vassouras com garrafas pet e foi com as sobras da produção das vassouras que ele teve a ideia de criar o “paredão de som”, utilizando a parte de cima da garrafa que, ao ser cortada, tem forma de funil.
“Eu peguei um funil desse e coloquei no alto falante do meu celular e percebi que o som aprimorou. Ficou mais alto. Eu pensei, peguei duas conexões [tubos de cano], fiz com dois [funis de garrafa pet], coloquei no celular e o som ficou mais alto. Depois eu fiz com quatro funis” explica o gari. Após perceber que a ideia deu certo, Giorggio levou a invenção para mostrar aos amigos. Um deles filmou a demonstração do “paredão de som” e colocou nas redes sociais.
O vídeo começou a ter centenas de acessos e já ultrapassou a marca das 2 milhões de visualizações. Na cidade, alguns moradores já estão pagando para que o gari fabrique “paredões de celulares” para eles. “Mudou minha vida para melhor. Têm pessoas que me pedem autógrafo”, frisa o gari.
O professor de física Yvaldi Barret, explicou como a invenção e os materiais conseguem ampliar o som. “Colocando os canos e cones, usando garrafa pet, ele criou uma coisa chamada guia de onda. Esse guia canaliza o ar para que a onda possa partir desde o alto falante até a saída do cone, que faz a propagação. Isso acontece porque o som consegue uma massa de ar maior”, explicou o professor, frisando que o mesmo acontece com instrumentos musicais como trompetes e cornetas. O ganho de som é estimado entre 20% e 30%.
Convivendo diariamente com os materiais que encontra na rua, o gari Giorggio Abrantes destaca a importância da reciclagem. “Demora muito tempo para uma garrafa se decompor. Então qualquer forma que a gente achar de fazer alguma coisa com ela já é uma utilidade”, disse ele.
Imagem: JPB - Por Beto Silva

terça-feira, 19 de julho de 2016

SISTEMA DE COLETA MECANIZADA - BIGTAINER

Sistema de coleta mecanizada subterrânea
O equipamento subterrâneo de coleta domiciliar mecanizada traz uma série de vantagens para a comunidade. A iniciativa é da Secretaria de Serviços, por meio da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) e da Loga — concessionária atuante na região Noroeste de São Paulo.
Ainda em fase de testes, o sistema funciona da seguinte maneira: o munícipe leva o resíduo devidamente ensacado e abre a tampa do marco coletor com um cartão magnético que receberá da empresa. Depois de depositar, fecha a tampa manualmente. O contêiner tem 20 metros cúbicos e capacidade para armazenar cerca de dez toneladas de resíduos, como orgânicos (alimentos) e embalagens diversas (desmontadas).
Não podem ser descartados pneus, materiais de construção, cigarros acesos e outros objetos em chamas, móveis e podas, produtos resultados de queima, pilhas e baterias e substâncias tóxicas, como tintas, derivados de petróleo e ácidos.
Entre os diversos benefícios apresentados pelo sistema está o fim do mau cheiro decorrente da exposição dos resíduos nas calçadas; a melhoria do visual da comunidade; a diminuição do risco de entupimento de bueiros; e a possibilidade de o morador depositar os sacos a qualquer hora do dia.
O projeto piloto, ainda em fase inicial, será monitorado e passível de ajustes, que podem abranger quantidade de contêiner, adequação de localização, entre outros fatores. O apoio da população é essencial, principalmente em relação aos primeiros meses de instalação e na manutenção.
Os contêineres subterrâneos são metálicos. As caixas de descartes que ficam na superfície são fabricados em aço galvanizado, com pintura antipichação e antiferrugem, e durabilidade de até 10 anos. As aberturas para descarte dos resíduos são acionados a partir de cartão magnético, privado e intransferível, cadastrados pela concessionária junto aos moradores/usuários contemplados pela coleta mecanizada, com sistema subterrâneo. Os marcos coletores possuem total acessibilidade e permitem que pessoas em cadeira de rodas, por exemplo, consigam fazer o descarte com facilidade. Outro recurso que o sistema possui são sinais sonoros e visuais durante a troca de contêineres para mais segurança dos munícipes.
A concessionária, a partir de sistema inteligente de GPRS (transmissão de dados por internet) e cartões credenciados junto aos munícipes, irá monitorar os descartes dos usuários com sensores/chips. Com esta tecnologia é possível monitorar todo o uso do recipiente e do cidadão, como quantidade depositada por cada morador e horários em que o equipamento é acionado. Além disso, o sistema permite saber o volume que o contêiner apresenta, indica quebras, facilitando a manutenção periódica.
Para a troca do contêiner, o motorista aciona o sistema que eleva, ao nível da calçada, a caixa compactadora por uma espécie de elevador. O caminhão roll on roll off, específico para coleta de contêiner Bigtainer; a partir de um guincho faz o engate na caixa da superfície que é levada para cima do caminhão, ocorrendo a troca por um contêiner limpo e higienizado no local. A troca ocorre sempre que o Bigtainer alcança a capacidade programada pela concessionária, que monitora eletronicamente o sistema.
Produção e Imagem: Oslaim Brito

terça-feira, 12 de julho de 2016

GARI ABANDONA EMPREGO PRA VIRAR CANTOR

Gari abandona emprego para realizar sonho de ser cantor no ES
Vídeo dele cantando vestido de gari foi publicado na web e fez sucesso.
Carlinhos Lemos já está gravando CD com músicas românticas.
O gari Antônio Carlos Lemos, de 22 anos, deixou as ruas para subir aos palcos como o cantor 'Carlinhos Lemos'. O jovem sempre trabalhava cantado pelas ruas de Linhares, no Norte do Espírito Santo, e chamava a atenção de quem passava por ele.
Há um mês, um vídeo dele cantando, vestido de gari, foi publicado nas redes sociais e fez sucesso. Por isso, Antônio Carlos resolveu abandonar o emprego e começou uma rotina nova dentro de um estúdio para gravar um CD com músicas românticas.
“Neste dia eu estava cantando e um rapaz me filmou, postou numa rede social de São Mateus e virou um sucesso”, contou o gari cantor.
Antônio Carlos trabalhou como gari durante 10 meses e durante o trabalho escrevia as próprias músicas.
“Todo dia é exaustivo e cansativo. A gente canta para ver se o tempo passa mais rápido“, contou.
Gravação de CD
O CD que está sendo gravado vai ser lançado em agosto e já tem shows marcados com o nome artístico de Carlinhos Lemos.
“São músicas feitas trabalhando sobre o serviço de gari ser cansativo, sol quente em cima da gente. Fiz as músicas com os amigos do trabalho para animar e para brincar. O que está na atualidade estou pegando e fazendo música em cima”, explicou.
Sonho
Ele contou que desde criança gostava de cantar, mas às vezes era impedido. “Com 12 anos de idade eu não podia tocar nas casa de shows e era tirado dos palcos, era uma coisa bem frustante pra mim”, lembrou.
Agora, o ex-gari quer realizar o sonho de infância. “Quase que esse desejo de cantar e tocar se apagou, o sonho estava guardado e reascendeu. Agora vou tentar, vai dar certo, se Deus quiser”, afirmou Carlinhos Lemos.
Imagem: Foto reprodução TV Gazeta

quarta-feira, 8 de junho de 2016

GARIS RECEBEM TREINAMENTO PARA SOCORRER VÍTIMAS

Garis de BH recebem treinamento para socorrer vítimas de ataque cardíaco
Pela importância do trabalho que desempenham e pelo fato de manter contato contínuo com a população, 40 garis da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) passaram por um treinamento voltado para o atendimento às vítimas de parada cardíaca súbita. A capacitação foi realizada na última semana, na Gerência de Limpeza Urbana Centro-Sul, no bairro Floresta, região Centro-Sul da Capital.
O curso de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) é uma parceria entre a Sociedade Mineira de Pediatria, os estudantes da Liga Acadêmica de Simulação em Saúde (Lass) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a American Heart Association (AHA).
Foram demonstradas, na prática, atitudes simples que, realizadas corretamente, em poucos minutos poderão salvar vidas. Uma das premissas da capacitação defende que a chance de sobrevivência da vítima poderá triplicar se a execução de RCP for iniciada de maneira certa e rápida mesmo por alguém que não seja um profissional de saúde. Cada minuto de atraso no atendimento à vítima de parada cardiorrespiratória reduz a possibilidade de sobrevivência em 10%.
Os instrutores dos exercícios são alunos de Enfermagem e Medicina da Lass, coordenados por Monalisa Gresta, professora convidada da Faculdade de Medicina da UFMG e do Laboratório de Simulação da universidade. Segundo Monalisa, a Sociedade Mineira de Pediatria desempenha papel significativo nesse processo, por criar condições favoráveis para que uma grande quantidade de leigos receba instruções sobre primeiros socorros.
Técnica em Enfermagem do Trabalho na SLU, Valdesita Gomes de Souza adverte sobre um número preocupante: cerca de 90% das vítimas de parada cardíaca morrem antes de chegar ao hospital. “Diante disso, o atendimento precoce e correto é fundamental para livrar uma pessoa da morte”, enfatizou a técnica.
Reencontro
Gari da SLU, Gileadi Manassés Pereira, que hoje trabalha na Gerência Regional de Limpeza Urbana Pampulha, comprovou a importância de conhecer técnicas de atendimento a uma vítima de engasgo quando salvou de uma parada respiratória um bebê de um mês de idade em 2014. A atitude heroica do coletor de resíduos teve resultado positivo graças às habilidades adquiridas em um curso de bombeiro civil ministrado pela Academia de Bombeiros Civis de Minas Gerais.
No treinamento, Gileadi reencontrou a criança e sua mãe, Ângela de Oliveira Gonçalves de Melo, e relembrou os momentos de tensão e alívio vividos naquela tarde de 3 de novembro, no bairro Jardim Europa, na região de Venda Nova.
Na vida real
Maria Padovani, estudante do 4º período de Medicina da UFMG, ressaltou a importância de vivenciar situações médicas além do ambiente acadêmico. “A Lass nos proporciona trabalhar essa prática e permite que todos estejam preparados no momento de ajudar ao próximo”, avaliou.
Para Igor Saint’Clair, estudante de Medicina da UFMG e integrante da Lass, é gratificante a oportunidade de transmitir informações relevantes e que nem sempre são repassadas com frequência à sociedade. “É comum alguns conhecimentos ficarem restritos aos profissionais de saúde, porém, além da massagem cardíaca inicial, é indispensável acionar o serviço de emergência para que o salvamento seja completo”, alerta.
Qualificados
Os garis Marcos Antônio Teixeira, Vera Lúcia Souza Lopes e Gelson dos Santos Oliveira consideraram o curso proveitoso, de fácil compreensão, e asseguraram que a iniciativa despertou o interesse e o engajamento de todos os colegas. A gari de varrição Ione Lima do Nascimento, há 26 anos na SLU, garantiu que, a partir das instruções recebidas, não ficará indiferente diante de um imprevisto. “Prestei bastante atenção às técnicas ensinadas e me sinto preparada e com coragem para ajudar alguém que esteja sofrendo uma parada cardiorrespiratória”, comentou.
Procedimentos essenciais
  • Aborde o indivíduo e verifique se ele está inconsciente
  • Ligue para o 192 (Samu) ou 193 (Bombeiros) ou peça para alguém fazer isso
  • Deite a vítima no chão, em lugar firme e seguro, com a barriga para cima, antes de iniciar a massagem cardíaca
  • Apoie as mãos entrelaçadas, no peito da pessoa, entre os mamilos, em cima do coração
  • Faça duas compressões por segundo até que o coração da vítima volte a bater, ou até a chegada da ambulância
  • Voltando à consciência, coloque a vítima na posição lateral de segurança, até a vinda do socorro médico.

MURAL DO GARI