Fonte do Vídeo: ViaPolítica/O autor/Cartola
O jornalista e videomaker Sebastião Ribeiro, que assina esta produção exclusiva para ViaPolítica, dirige a Cartola - Agência de Conteúdo, em Porto Alegre.
E-mail: sebastiao@cartolaconteudo.com.br
O vídeo e a reportagem Renascida das ruas podem ser livremente reproduzidos, na condição de que seja respeitada sua integridade e citados o autor e as fontes.
Acesse a reportagem: http://www.viapolitica.com.br/VPTV_07.php
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O vídeo e a reportagem Renascida das ruas podem ser livremente reproduzidos, na condição de que seja respeitada sua integridade e citados o autor e as fontes.
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ROZELI DA SILVA: EXEMPLO DE PERSEVERANÇA E CORAGEM
A história de vida da gari Rozeli da Silva não só é comovente como estimulante. Filha de uma mãe solteira, Rozeli enfrentou dificuldades em sua infância. Criou-se com auxílio de seus nove irmãos, dividindo os serviços de casa. Ora tinha o que comer, mas na maioria das vezes, não.
Aos seis anos, preferiu começar a pedir nas casas. Dessa maneira, conseguia alimento para seus familiares. Entretanto, a comida foi diminuindo. Rozeli passou a freqüentar, com outras amigas, o Centro da cidade, atrás do que comer e de dinheiro.
Após passagens pela FEBEM - Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor -, Conselho Tutelar e perseguições policiais, percebeu que não havia nascido para isso. Casou-se aos 11 anos, a fim de sair de casa e não passar fome. No entanto, confessa que essa não foi a melhor solução, por não ter tido um romance feliz com seu primeiro marido. Já com duas filhas, Rozeli foi trabalhar em uma casa de família, na qual aprendeu a passar, lavar, arrumar.
Em 1987, ingressou no DMLU - Departamento Municipal de Limpeza Urbana -, quando passou a varrer ruas. “Enquanto fazia meu serviço, na Restinga, vi uma moreninha de chinelo de dedo no meio de agosto, pedindo nas casas. Lembrei muito da minha infância e pensei que poderia ter um lugar onde as crianças pudessem estudar, comer, levar um auxílio para a família sem precisar pagar nada. Apenas para ser um cidadão respeitado na sociedade”, confessa.
Desde então, cada vez que presenciava crianças mendigando ou morando nas ruas, Rozeli pensava que poderia ajudar. Depois de certo tempo, teve um sonho: o de estar, juntamente com a assistente social do DMLU, coordenando um local destinado a meninos e meninas menos favorecidos. Considerado como uma mensagem, o sonho foi perseguido até a sua concretização.
Iniciou aí a construção do Centro Infantil Renascer da Esperança. Funcionando, efetivamente, desde 1998, o Centro atendia inicialmente 40 crianças. Hoje, são 220 menores divididos em dois turnos: manhã (das 8h às 12h30min) e tarde (das 13h30min às 17h30min). São disponibilizadas as refeições de café da manhã, almoço e lanche da tarde, além das atividades extracurriculares como teatro, aula de capoeira, futebol, música etc.
“O principal objetivo do Renascer é possibilitar que esses jovens tenham oportunidades melhores na vida. Desejo que eles sigam o caminho certo, para serem reconhecidos como cidadãos de bem na sociedade”, afirma Rozeli. Todas os exercícios realizados durante o dia visam a integrar esses pequenos com a cultura, proporcionado-lhes maior aprendizado.
A maioria dos beneficiados vêm indicados pelo Conselho Tutelar, fazendo parte do cinturão de pobreza da Restinga. Porém, muitos são filhos de mães que trabalham o dia todo, ou de pais solteiros que não têm onde deixá-los enquanto estão fora. Para integrarem o grupo as crianças, devem estar matriculados em escolas. Do contrário, serão encaminhados para o colégio mais próximo, devido à parceria do Renascer com a Secretaria da Educação.
A faixa etária escolhida é dos três aos 17 anos e 11 meses. Rozeli definiu essa idade porque acredita que antes disso as crianças ficam com as mães e após já podem ser encaminhadas para o primeiro emprego. “Nessa fase o auxílio é muito importante. Assim elas não ficam nas ruas aprendendo o que não devem”, esclarece.
Ao visitar o Centro, percebemos a dedicação de Rozeli e das outras funcionárias para levarem a melhor orientação possível a essas crianças. O amor, a preocupação, a vontade de fazer o melhor pelo futuro da nova geração faz dessas pessoas exemplo de solidariedade e cidadania.
Mensagem de Rozeli:
Se nós todos tivermos o objetivo de lutar pelas periferias, seja pela Restinga, Cruzeiro, Maria da Conceição, com certeza teremos um país mais justo e uma sociedade melhor de se viver. Não podemos apenas nos ‘gradear’ e achar que estamos livres da violência. Cada um tem a sua parcela de culpa por não ajudar os menos favorecidos. Acreditar que nossa atitude pode mudar a realidade é essencial. Bem como crer em nossas crianças, pois eles, que estão hoje aqui, é que vão fazer o dia de amanhã!
Com toda essa motivação e bom humor, a Rozeli da Silva e seus parceiros no Renascer da Esperança merecem ser homenageados pelo nosso Jornal. Parabéns pelo ótimo trabalho!
Texto publicado na edição 11 do Jornal Capital 30.
Extraído do Site: http://www.cidadaolegal.com.br/v2/cidadaos1.asp?id=8 - Projeto Cidadão Legal
Mais sobre nossa amiga Rozeli da Silva na Revista Bem Me Quer, edição nº 4 de Dezembro/2009, ou pelo Site: http://www.revistabemmequer.com.br/edicoes/04/
A história de vida da gari Rozeli da Silva não só é comovente como estimulante. Filha de uma mãe solteira, Rozeli enfrentou dificuldades em sua infância. Criou-se com auxílio de seus nove irmãos, dividindo os serviços de casa. Ora tinha o que comer, mas na maioria das vezes, não.
Aos seis anos, preferiu começar a pedir nas casas. Dessa maneira, conseguia alimento para seus familiares. Entretanto, a comida foi diminuindo. Rozeli passou a freqüentar, com outras amigas, o Centro da cidade, atrás do que comer e de dinheiro.
Após passagens pela FEBEM - Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor -, Conselho Tutelar e perseguições policiais, percebeu que não havia nascido para isso. Casou-se aos 11 anos, a fim de sair de casa e não passar fome. No entanto, confessa que essa não foi a melhor solução, por não ter tido um romance feliz com seu primeiro marido. Já com duas filhas, Rozeli foi trabalhar em uma casa de família, na qual aprendeu a passar, lavar, arrumar.
Em 1987, ingressou no DMLU - Departamento Municipal de Limpeza Urbana -, quando passou a varrer ruas. “Enquanto fazia meu serviço, na Restinga, vi uma moreninha de chinelo de dedo no meio de agosto, pedindo nas casas. Lembrei muito da minha infância e pensei que poderia ter um lugar onde as crianças pudessem estudar, comer, levar um auxílio para a família sem precisar pagar nada. Apenas para ser um cidadão respeitado na sociedade”, confessa.
Desde então, cada vez que presenciava crianças mendigando ou morando nas ruas, Rozeli pensava que poderia ajudar. Depois de certo tempo, teve um sonho: o de estar, juntamente com a assistente social do DMLU, coordenando um local destinado a meninos e meninas menos favorecidos. Considerado como uma mensagem, o sonho foi perseguido até a sua concretização.
Iniciou aí a construção do Centro Infantil Renascer da Esperança. Funcionando, efetivamente, desde 1998, o Centro atendia inicialmente 40 crianças. Hoje, são 220 menores divididos em dois turnos: manhã (das 8h às 12h30min) e tarde (das 13h30min às 17h30min). São disponibilizadas as refeições de café da manhã, almoço e lanche da tarde, além das atividades extracurriculares como teatro, aula de capoeira, futebol, música etc.
“O principal objetivo do Renascer é possibilitar que esses jovens tenham oportunidades melhores na vida. Desejo que eles sigam o caminho certo, para serem reconhecidos como cidadãos de bem na sociedade”, afirma Rozeli. Todas os exercícios realizados durante o dia visam a integrar esses pequenos com a cultura, proporcionado-lhes maior aprendizado.
A maioria dos beneficiados vêm indicados pelo Conselho Tutelar, fazendo parte do cinturão de pobreza da Restinga. Porém, muitos são filhos de mães que trabalham o dia todo, ou de pais solteiros que não têm onde deixá-los enquanto estão fora. Para integrarem o grupo as crianças, devem estar matriculados em escolas. Do contrário, serão encaminhados para o colégio mais próximo, devido à parceria do Renascer com a Secretaria da Educação.
A faixa etária escolhida é dos três aos 17 anos e 11 meses. Rozeli definiu essa idade porque acredita que antes disso as crianças ficam com as mães e após já podem ser encaminhadas para o primeiro emprego. “Nessa fase o auxílio é muito importante. Assim elas não ficam nas ruas aprendendo o que não devem”, esclarece.
Ao visitar o Centro, percebemos a dedicação de Rozeli e das outras funcionárias para levarem a melhor orientação possível a essas crianças. O amor, a preocupação, a vontade de fazer o melhor pelo futuro da nova geração faz dessas pessoas exemplo de solidariedade e cidadania.
Mensagem de Rozeli:
Se nós todos tivermos o objetivo de lutar pelas periferias, seja pela Restinga, Cruzeiro, Maria da Conceição, com certeza teremos um país mais justo e uma sociedade melhor de se viver. Não podemos apenas nos ‘gradear’ e achar que estamos livres da violência. Cada um tem a sua parcela de culpa por não ajudar os menos favorecidos. Acreditar que nossa atitude pode mudar a realidade é essencial. Bem como crer em nossas crianças, pois eles, que estão hoje aqui, é que vão fazer o dia de amanhã!
Com toda essa motivação e bom humor, a Rozeli da Silva e seus parceiros no Renascer da Esperança merecem ser homenageados pelo nosso Jornal. Parabéns pelo ótimo trabalho!
Texto publicado na edição 11 do Jornal Capital 30.
Extraído do Site: http://www.cidadaolegal.com.br/v2/cidadaos1.asp?id=8 - Projeto Cidadão Legal
Mais sobre nossa amiga Rozeli da Silva na Revista Bem Me Quer, edição nº 4 de Dezembro/2009, ou pelo Site: http://www.revistabemmequer.com.br/edicoes/04/
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