Ex-gari Rozeli da Silva dá depoimento em capítulo de Viver a Vida
A gaúcha Rozeli da Silva, fundadora do Renascer da Esperança, entidade que atende a 350 crianças e adolescentes da Restinga, apareceu em rede nacional ontem ao final da novela Viver a Vida, da TV Globo. Como de praxe na trama de Manoel Carlos, ao final de cada capítulo uma pessoa conta sua história de superação. Rozeli contou um pouco de sua trajetória de ex-menina de rua, semi-analfabeta, e de como conseguiu dar a volta por cima.
Rozeli gravou o depoimento em outubro nos estúdios da RBS TV, em Porto Alegre. A ex-gari foi elogiada pela desinibição em frente às câmeras:
- Eu sentei e pediram para que eu começasse a contar a história da minha vida. Foi só chegar, sentar e falar - contou.
Até à noite de terça, a expectativa era com relação ao que a edição da novela iria valorizar de tudo o que Rozeli contou sobre as batalhas da sua vida.
Em horário nobre, ela apareceu dando o seguinte depoimento:
"Eu com 11 anos fui para as ruas de Porto Alegre e fui presa, fui para a Febem. Ali eu tive que fazer a escolha da minha vida. Quando eu saí da Febem eu disse: Nunca mais vou ir presa. Arrumei um homem com 12 anos de idade para ir morar com ele. Só que ele assaltava e apanhava da polícia e eu apanhava dele depois em casa. Com 12 anos fiquei grávida e continuava apanhando dele. Com 16 anos fiquei grávida de novo. Fui queimada, levei coronhada de revólver, tive os dedos cortados. Um belo dia ele foi preso. Fui trabalhar, limpar a casa dos outros por um prato de comida com as minhas duas filhas. A minha patroa me inscreveu no Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Como é que eu vou lá trabalhar se eu não sei nem ler nem escrever? No auditório eles disseram: 'não existe nenhum gari analfabeto em Porto Alegre'. Daí eu comecei a me alfabetizar. Ali eu mudei a minha vida. Hoje eu sei que valeu a pena todo o sacrifício que eu fiz, pois hoje eu digo que eu vivo uma vida que eu amo tanto, amo minhas filhas. Hoje eu posso acreditar naquilo que eu consigo fazer."
A gaúcha Rozeli da Silva, fundadora do Renascer da Esperança, entidade que atende a 350 crianças e adolescentes da Restinga, apareceu em rede nacional ontem ao final da novela Viver a Vida, da TV Globo. Como de praxe na trama de Manoel Carlos, ao final de cada capítulo uma pessoa conta sua história de superação. Rozeli contou um pouco de sua trajetória de ex-menina de rua, semi-analfabeta, e de como conseguiu dar a volta por cima.
Rozeli gravou o depoimento em outubro nos estúdios da RBS TV, em Porto Alegre. A ex-gari foi elogiada pela desinibição em frente às câmeras:
- Eu sentei e pediram para que eu começasse a contar a história da minha vida. Foi só chegar, sentar e falar - contou.
Até à noite de terça, a expectativa era com relação ao que a edição da novela iria valorizar de tudo o que Rozeli contou sobre as batalhas da sua vida.
Em horário nobre, ela apareceu dando o seguinte depoimento:
"Eu com 11 anos fui para as ruas de Porto Alegre e fui presa, fui para a Febem. Ali eu tive que fazer a escolha da minha vida. Quando eu saí da Febem eu disse: Nunca mais vou ir presa. Arrumei um homem com 12 anos de idade para ir morar com ele. Só que ele assaltava e apanhava da polícia e eu apanhava dele depois em casa. Com 12 anos fiquei grávida e continuava apanhando dele. Com 16 anos fiquei grávida de novo. Fui queimada, levei coronhada de revólver, tive os dedos cortados. Um belo dia ele foi preso. Fui trabalhar, limpar a casa dos outros por um prato de comida com as minhas duas filhas. A minha patroa me inscreveu no Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Como é que eu vou lá trabalhar se eu não sei nem ler nem escrever? No auditório eles disseram: 'não existe nenhum gari analfabeto em Porto Alegre'. Daí eu comecei a me alfabetizar. Ali eu mudei a minha vida. Hoje eu sei que valeu a pena todo o sacrifício que eu fiz, pois hoje eu digo que eu vivo uma vida que eu amo tanto, amo minhas filhas. Hoje eu posso acreditar naquilo que eu consigo fazer."
Extraído do site ClicRBS do Rio Grande do Sul - http://www.clicrbs.com.br/
Querido colega
ResponderExcluirAinda sou gari, mas fui cedida pela Prefeitura para continuar a limpeza moral de Porto Alegre. Quero te fazer um convite especial: A minha história virou tema-enredo da Escola de Samba Academia de Samba Puro do Morro Maria da Conceição. Já que eles vão falar dos garis adoraria que você saísse na Escola Comigo. Topas? Vou ficar honrada com tua presença!!!Podemos custear tuas passagens. Meus telefones 51 32492478/51 81324317. Te aguardo