domingo, 30 de outubro de 2011

COM DIREITO A SAMBADINHA, EX-GARI LEVA OURO

Com direito a sambadinha, ex-gari leva ouro e dedica ao 'pessoal da coleta'
Último medalhista do Brasil nos Jogos Pan-Americanos, Solonei Rocha da Silva disputou em Guadalajara apenas a terceira maratona da carreira. A vitória foi uma surpresa e coroa um caminho muito curioso e cheio de dificuldades.
Até dois anos atrás, Solonei era gari e corria atrás dos caminhões de lixo de Penápolis, no interior de São Paulo. Ele trabalhou como funcionário de companhias de limpeza até descobrir o caminho do atletismo.
Depois de conquistar a medalha, Solonei lembrou-se de suas origens. "Quero agradecer ao pessoal da coleta", disse o novo campeão pan-americano.
Solonei Rocha da Silva era gari em sua cidade natal, Penápolis, no interior de São Paulo, até dois anos atrás. Já aos 27, incentivado por um amigo, ele começou a correr e passou no teste promovido pelo técnico Clodoaldo do Carmo em 2009. Desde então, mora na capital paulista.
Hoje aos 29, Solonei conquistou neste domingo sua maior vitória na carreira, o ouro na maratona nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. O atleta se preparou por quatro meses para a prova, primeiro no Brasil e depois nas altitudes de Paipa (Colômbia) e São Luis do Potosí (México) por dois meses.
Na comemoração, ele carregou uma bandeira do Brasil e se aproximou de um grupo que tocava samba nas arquibancadas. Solonei não teve dúvida: chegou mais perto, aproveitou o embalo e deu seus passos, arrancando aplausos dos espectadores, que sofreram com o sol em Guadalajara.
"Penápolis é campeã!", gritava o brasileiro. "Quero agradecer ao pessoal da coleta, ao meu treinador, à minha cidade, que deve estar comemorando", afirmou, logo após a maratona.
"Há três anos estava acomodado, não tinha nem terminado o ensino médio", revelou. "Quero fazer um vestibular de Educação Física. Tenho projeto de ficar alguns anos como atleta profissional, quero continuar correndo até os 40 anos, e depois trabalhar com a categoria de base no atletismo em minha cidade, Penápolis", afirmou Solonei, já na entrevista coletiva.
"Quero formar grandes atletas, grandes seres humanos na minha cidade, fazer peneiras em várias modalidades. Com essa medalha, alguns políticos vão começar a olhar com bons olhos a modalidade que pratico. O Brasil é o país do futebol, mas mostramos que temos outro esporte para dar alegrias", falou.
Extraído do site:
http://espn.estadao.com.br/pan2011/noticia/223661_COM+DIREITO+A+SAMBADINHA+EX+CATADOR+DE+LIXO+LEVA+OURO+E+DEDICA+AO+PESSOAL+DA+COLETA por Antônio Strini e Thiago Arantes, de Guadalajara (México), para o ESPN.com.br - Crédito da imagem: Reuters

domingo, 16 de outubro de 2011

EX-GARI SONHA SER MESTRE EM UNIVERSIDADE

Ex-gari vira professor da rede pública e sonha ser mestre em universidade
João Ailton, 33 anos, dá aulas de português em escola pública de Diadema.
Ele resume o Dia do Professor em uma frase: 'Ensinar é gratificante'.
O menino que aos 12 anos ensinou o tio semianalfabeto a escrever o nome para preencher uma ficha de emprego já mostrava o talento para ensinar. Seguiu a intuição, entrou na faculdade de letras e para pagá-la aos 22 anos trabalhou como gari, varrendo as ruas de Diadema, no ABC, por mais de um ano. João Ailton de Oliveira Santos, de 33 anos, atua na rede pública do Estado de São Paulo e compõe o corpo docente da Escola Estadual José Fernando Abbud, em Diadema.
Neste sábado (15), Dia do Professor, diz que valeu a pena o esforço, que ensinar é gratificante, mas espera que a carreira seja mais valorizada. "Gosto de ser professor, é sensacional. Mas a profissão está um pouco difícil com salas superlotadas, falta de equipamento e salários baixos. O que compensa é o carinho dos alunos", diz.
Santos dá aulas de português em turmas da quinta série, sétima série e do primeiro ano do ensino médio. Prefere os alunos dos anos iniciais por achar que eles se dedicam e demonstram mais afeto. Recentemente foi aprovado no concurso público da rede municipal de São Paulo e no próximo ano, se for convocado, pretende conciliar os dois empregos, em São Paulo e em Diadema, com um mestrado. A meta é lecionar em universidades.
'Trabalhador fantasma'
O emprego como gari foi sugestão de seu pai que conhecia o gerente da empresa. Santos não teve dúvidas em aceitar, passou por uma entrevista e logo foi para o batente. O salário era de cerca de R$ 400 mensais, o suficiente para pagar a mensalidade.
"Nos primeiros dias foi um choque porque era um trabalho pesado e braçal que nunca tinha feito. Trabalhava um domingo sim e outro não. Era a pior parte porque neste dia fazíamos a coleta das feiras."
À noite, na faculdade só os amigos mais próximos sabiam do ofício de Santos. "Não falava muito porque sabia que haveria discriminação. Gari é um trabalhador fantasma, alguém invisível. A pessoa está do seu lado, joga um papel no chão e nem olha para você."
Santos não se envergonha da experiência e diz que nesta época aprendeu a ser perseverante, como um professor tem de ser. "A rotina era cansativa, mas não pensava em desistir. Sempre tive incentivo dos meus pais mas sabia que valia a pena batalhar por um objetivo." O professor lembra que os colegas garis diziam que ele aguentaria no máximo dois meses de trabalho e que depois de superar a expectativa e conseguir se manter no cargo, virou exemplo.
O professor só deixou as vassouras quando conseguiu um estágio em um colégio no Jabaquara, Zona Sul de São Paulo, onde estudou. De estagiário, passou a professor eventual - que cobre faltas dos docentes titulares - até ser aprovado em um concurso, em 2004, e seguir para a escola José Fernando Abbud, onde está até hoje.
"Gari é um trabalhador fantasma, alguém invisível. A pessoa está do seu lado, joga um papel no chão e nem olha para você" (João Ailton de Oliveira Santos, professor).
Extraído da Globo.com - Vestibular e Educação do dia 15/10/2011 - Site:
O João Ailton foi citado aqui mesmo no meu Blog em 2009, veja a matéria:

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

LATAS DE LIXO QUE FALAM

Latas de lixo que falam divertem quem passa pelas ruas de Londres
A ideia foi de uma artista plástica inglesa, que dirige uma ONG destinada a descobrir formas de tornar a vida dos britânicos mais divertida. Depois de promover a instalação de 100 mesas de ping pong nos parques de Londres, surgiram as latas tagarelas.
Em Londres, o sistema de coleta de lixo oferece um exemplo de sucesso. E a receita básica do projeto é o uso do humor.
Elas agradecem, aplaudem, até cantam para o cidadão que deposita o lixo no lugar certo. São lixeiras educadas.
“Eu pensava que já tinha visto tudo na vida, mas isso é surpreendente”, diz uma senhora.
Surpreendente e engraçado. Um músico brasileiro que mora em Londres mal acreditou no que ouviu. “Me pegou de surpresa. Mas achei interessante. Com certeza, é uma boa iniciativa”, diz.
O projeto começa em Londres, com 30 latas de lixo espalhadas pelos principais parques da cidade. E até julho do ano que vem os recipientes falastrões deverão estar presentes em todo o país, divertindo e, sobretudo, incentivando as pessoas a botar o lixo no lugar dele.
A ideia foi da artista plástica inglesa Colette Hiller, que dirige uma organização não governamental destinada a descobrir formas de tornar a vida dos britânicos mais divertida. Depois de promover a instalação de 100 mesas de ping pong nos parques de Londres, surgiram as latas tagarelas.
“Por que deixar que as coisas corriqueiras continuem triviais se podemos torná-las mais atrativas e mais interessantes?”, ela se pergunta.
Segundo a arquiteta, as prefeituras e empresas locais bancam o projeto. E o resultado é garantido. Um levantamento do sistema de limpeza urbana mostra que as lixeiras falantes coletam três vezes mais lixo do que as latas comuns. Aplausos para a cidadania.
Reportagem do Jornal Nacional, Edição 04/10/2011 - Site:

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

COLETA AUTOMATIZADA VIRA ROTINA


Coleta automatizada de lixo entra na rotina da cidade
Um mês e meio depois de iniciar a coleta automatizada do lixo orgânico domiciliar numa área-piloto de Porto Alegre, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) ainda trabalha em alguns ajustes da operação, mas já recebe mais solicitações de contêineres em lugares que ficaram fora da área-piloto do que reclamações sobre problemas pontuais com os novos equipamentos que vão se integrando à vida da cidade.
“O setor de coleta domiciliar vem recebendo cada vez mais telefonemas de pessoas que desejam contêineres nas suas ruas, nos seus bairros. Pessoas que querem saber quando a coleta automatizada será ampliada. Isto mostra que essa modernização, mais do que amplamente aprovada por quem a está usando, é do conhecimento e cobiçada pelo restante da população também”, explica Mário Moncks, diretor-geral do DMLU.
Nova etapa – A fim de acertar pequenos detalhes com alguns contêineres que ainda são motivo de preocupação, técnicos do DMLU dividiram a área-piloto em 11 setores, com cerca de cem contêineres cada um. Um por um, passarão a monitorar, agora no mês de setembro, mais diretamente o tipo e a quantidade de lixo ali descartada. Ao final de cada semana será possível definir o problema específico de cada contêiner naquele setor e encaminhar a solução imediata e definitiva.
“Se for lixo seco dentro ou nas imediações do contêiner, reforçaremos a educação ambiental na vizinhança; se for excesso de carga em algum equipamento, aumentaremos a capacidade ou o número de contêineres no local. Se houver obstrução por carros estacionados, estaremos acompanhados da EPTC. E assim iremos deixando em perfeitas condições cada um dos setores”, explica Adelino Lopes Neto, supervisor de operações doDMLU.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que teve o trabalho de marcaçãodos locais dos contêineres atrapalhado pelas chuvas da semana passada, passará agora a fazer a pintura focada nos setores, para reforçar o trabalho que o DMLU está iniciando. E, assim, a equipe de fiscalização também terá mais facilidade para identificar e cobrar, dos comerciantes principalmente, o descarte correto nos contêineres, evitando rejeitos que devem ir para uma coleta especial.
Sobre as 24 chamadas que o Corpo de Bombeiros recebeu para apagar fogo nos contêineres nesses 45 dias, os técnicos do DMLU informam que só foi necessário trocar e mandar para a manutenção seis deles. E com uma constatação importante: o fogo só cresceu nos contêineres que tinham lixo reciclável, principalmente papel, papelão e plástico, pois o lixo orgânico não queima.
A campanha "Porto Alegre: Eu curto. Eu cuido." é um movimento que une a mobilização de todos os porto-alegrenses com ações concretas da prefeitura. A primeira delas é a coleta automatizada de lixo, um grande avanço que vai garantir mais facilidade e limpeza.
Reportagem extraída do site: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dmlu/ - Foto: Guilherme Santos/PMPA - Complemento, reportagem do Jornal Nacional, Edição do dia 04/10/2011 21h27 - Site: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/10/novo-sistema-de-coleta-automatizada-reduz-lixo-nas-ruas-de-porto-alegre.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis

terça-feira, 4 de outubro de 2011

381 TONELADAS DE LIXO NA CIDADE DO ROCK

Comlurb remove 381 toneladas de lixo da Cidade do Rock
Nos sete dias de shows, a Comlurb removeu 381 toneladas de lixo da Cidade do Rock. No domingo (2), último dia do festival, o acumulado foi de 56 toneladas de resíduos. Foram coletadas 41 toneladas de lixo e 29 toneladasde materiais potencialmente recicláveis foram encaminhadas para a Estação de Transferência de Jacarepaguá, de onde serão entregues à Cooperativa Barracoop. Doze toneladas de lixo orgânico vão para a Usina do Caju para compostagem e produção de adubo orgânico.
Os catadores da Barracoop recolheram 15 toneladasde recicláveis, entre papelão, papel misto, plástico e latas. Os contêineres que ficaram à disposição do público estimularam o descarte correto, com adesivos informando sobre a coleta seletiva e separando o lixo orgânico.
Duzentos garis atuaram em três turnos, 24 horas por dia, na Cidade doRock e intensificaram a limpeza, trabalhando em duplas, nas áreas de livre acesso próximas aos palcos e nas praças de alimentação. A liberação para levar alimentos diminuiu a quantidade de embalagens e o público começou a utilizar um pouco mais os 800 contêineres que estavam à disposição para receber resíduos orgânicos e recicláveis.
Para incentivar o descarte correto, nos intervalos foi transmitida uma animação com o Gari Roqueiro incentivando a todos a tomar uma atitude e colocar o lixo na lixeira certa, reforçando o slogan Por um Mundo Melhor.
O serviço de limpeza realizado pela Comlurb teve início no dia 19 de setembro e nessa fase de preparação da Cidade do Rock foram geradas 50 toneladas de resíduos. Nos serviços na Cidade do Rock e no entorno foram utilizados 659 veículos e equipamentos. A Comlurb fez o uso racional da água utilizando água de reuso na limpeza. Os resíduos comuns estão sendo encaminhados para o Centro de Tratamento de Resíduos - CTR-Rio, em Seropédica.
Informação Agência Rio - Extraído do site:

MURAL DO GARI