sábado, 22 de agosto de 2009

GARI É ELEITO VEREADOR EM ABATIÁ/PR




Marcelo Aparecido Botelho foi eleito pelo PDT com 272 votos em Abatiá. Só que prossegue trabalhando como gari. Sempre sorridente, foi até pauta de matéria em rede estadual de televisão. Ele ganha, como vereador, R$ 1.270,00, quase três vezes mais do que como gari. É autor, até agora, de 13 requerimentos e nenhum projeto e afirma que continuará no serviço braçal, "Que é digno como outro qualquer", ressalta. A família, toda oriunda da roça, está orgulhosa. Ele tem 27 anos, solteiro e é a primeira vez que atua na política.
Extraído do Portal RPC - Paraná TV

GARI É ELEITO VEREADOR EM GOIÂNIA
Gari que ganha R$ 415 e vive em barraco com família é eleito vereador em Goiânia
"Por protesto ou admiração, vote no Negão". O slogan do folclórico candidato Negro Jobs, apelido do gari José Batista da Silva, de 49 anos, deu certo. Depois de disputar sem êxito outras três eleições, ele conseguiu se eleger vereador da capital goiana com 3.089 votos.
Candidato pelo PSL, Negro Jobs é natural de Mata Verde/MG, mora com a mãe, uma filha e três netas em um barraco na periferia de Goiânia.
- Agora vou poder realizar o sonho de dar uma casinha melhor para minha mãe - comemora.
É que o salário passará de R$ 415 para R$ 10 mil, sem contar 15 cargos comissionados, carro e telefone corporativo a que terá direito como vereador. Ele também acredita que ficará mais fácil quitar o empréstimo de R$ 4 mil, consignado em folha, que fez para bancar a campanha. Negro Jobs passou dias assediado pelos vizinhos e pela imprensa e não se intimida ao falar de seus projetos.
Sorridente, o vereador conta que fez campanha usando o uniforme de trabalho, dirigindo uma Brasília amarela ano 1975 devidamente ornamentada com lixo reciclável e sem apoio financeiro.
- Em momento nenhum meu partido acreditava na minha vitória. Os políticos brasileiros só acreditam nos figurões - reclama.
O caminho até a vitória nas urnas não foi nada fácil. O desejo de ser político começou em 1986, quando Jobs se sustentava com um carrinho de vender sanduíches, e certo dia foi impedido de trabalhar por fiscais da Prefeitura.
Ressalta, porém, que o poder não mudará seu estilo simples. A diferença no tratamento, contudo, ele já percebe. O celular "pai de santo" - que só recebe ligações - não pára de tocar.
Especial para O GLOBO - Por Isonilda Souza

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MURAL DO GARI